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terça-feira, fevereiro 19, 2002

ALGUNS AUTORES E SUAS OBRAS



01. ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA
Título original: An essay on man, 1944

Cassirer, Ernst. Antropologia filosófica; tradução de Vicente Felix de Queiroz.
São Paulo, Mestre Jou, 1972.

02. A ECONOMIA DAS TROCAS LINGUÍSTICAS
Do original: Ce que parler veur dire: L’economie dês échanges linguistiques

Bourdieu, Pierre, 1930-2002. A economia das trocas lingüísticas: o que falar quer dizer. Tradução de Sergio Miceli. São Paulo: Edições USP,1996.


03. O PODER SIMBÓLICO
Do original Lê Pouvoir symbolique, 1989

Bourdieu, Pierre, 1930-2002. O poder simbólico; tradução de Fernando Tomás. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.


04. A SOCIEDADE EM REDE
Traduzido do original: The rise of the network society

Castells, Manuel, 1942 –.A sociedade em rede / Manuel Castells/ tradução; Roneide Venâncio Majer. (A era da informação: economia, sociedade e cultura, v. Um). São Paulo: Paz e Terra, 1999.

05. COMUNICAÇÃO NA ERA ESPACIAL
Original da UNESCO, 1968.

Conferências promovidas pela UNESCO / O papel dos satélites artificiais na comunicação. Fundação Getulio Vargas, 1969.

06. OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO COMO EXTENSÃO DO HOMEM
Título original: UNDERSTANDING MIDIA: The Extensions of Man.
Copyright 1964 by

McLuhan, Marshall. Os meios de comunicação como extensão do homem; Traduzido por Décio Pignatari. 20a. Ed. Editora Cultrix,1995.

07. A GALÁXIA DE GUTEMBERG

Macluhan, Marshall, 1911 –. A galáxia de Gutemberg; a formação do homem tipográfico; tradução Leônidas Gontijo de Carvalho e Anísio Teixeira. São Paulo, ed. Nacional, Editora da USP, 1972.

08. AS SITUAÇÕES DAS CIÊNCIAS DO HOMEM NO SISTEMA DAS CIÊNCIAS
Título original: Tendances principales de la recherche dans les sciences sociales et et humaines, part 1: sciences sciales – la sitution des sciences de l’homme dans le sisteme des science. 1970.

Piaget, Jean. A situação das ciências do homem no sistema das ciências; volume 1; tradução de Isabel Cardigos dos Reis. Lisboa, Livraria Bertand, 1970


09. A TEIA DA VIDA
Título original: the web of life: a new scientific understanding of living systems,1996

Capra, Fritjof. A teia da vida: uma nova compreensão dos sistemas vivos; tradução de Newton Roberval Eichemberg. São Paulo, Ed. Cultrix, 1999.





10. CAOSMOSE

Guattari, Félix, 1930-1992. Caosmose: um novo paradigma estético; tradução de Ana Lúcia de Oliveira e Lúcia Cláudia Leão. São Paulo, Ed. 34, 1992 (Coleção TRANS).

11. JESUS VIVEU NA ÍNDIA
Título original: Jesus lived in India, 1983

Kersten, Holger. Jesus viveu na Índia: a desconhecida história de Jesus antes e depois da crucificação; tradução de Cecília Casas. São Paulo, Best Seller, 1988.



12. A VIDA DIGITAL
Título original: Being digital

Negroponte, Nicholas. A vida digital; tradução Ségio Tellaroli; supervisão técnica Ricardo Rangel. São Paulo, Companhia das Letras, 1995.


13. O PODEROSO MICRO
Título original: The Mighty Micro, 1979


Evans, Christopher. O poderoso micro: a revolução do computador; tradução de Raul de Sá Barbosa; revisão técnica de Thomaz Edison Goulart do Amarante. Rio de Janeiro, Ed. FORENSE-UNIVERSITÁRIA, 1983.

14. A ESTRADA DO FUTURO
Título original: The road ahead, 1995.

Gates, Bill. A Estrada do futuro; tradução de Beth Vieira... et al.; supervisão técnica de Ricardo Rangel. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.


15. O JOGO DO BICHO

Soares, Simone Simões Ferreira. O jogo do bicho: a saga de um fato brasileiro. Rio de Janeiro: Ed. Bertrand Brasil, 1993.








16. O POVO BRASILEIRO

Ribeiro, Darcy, 1922-1997. O povo brasileiro: evolução e sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.


17. CIBERNÉTICA E FILOSOFIA
Título original alemão: Kybernetik und Philosophie, da Duncker & Humblot, Berlim, 1966.

Frank, Helmar G. Cibernética e filosofia; tradução de Celeste Aída Galeão. Rio de Janeiro, Ed. Tempo Brasileiro, 1970.

18. CIBERNÉTICA ( OU CONTROLE E COMUNICAÇÃO NO ANIMAL E NA MÁQUINA )
Título original: Cybernetics.

Wiener, Norbert, 1894-1963. Cibernética; ou, Controle e comunicação no animal e na máquina; traduzido por Gita K. Ghinzberg. São Paulo, Polígono e USP, 1970.

19. A MODERNIDADE E OS MODERNOS
Originais alemães: Argument, n° 46, Argument – verlag, 1967 e Scriften, 1955.

Benjamin, Walter. A modernidade e os modernos; traduzido por Heindrun Krieger Mendes da Silva, Arlete de Brito e Tânia Jatobá. Rio de Janeiro, Edições Tempo Brasileiro, 1975.




20. O MUNDO ASSOMBRADO PELOS DEMÔNIOS
Título original: the demon-haunted world, 1995

Sagan, Carl, 1934-1997. O mundo assombrado pelos demônios: a ciência vista como uma vela no escuro; tradução Rosaura Eichemberg. São Paulo, Companhia das Letras, 1996.


21. O COMPUTADOR EM SALA DE AULA: ARTICULANDO SABERES

Freire, Fernanda Maria Pereira. O computador em sala de aula: articulando saberes. Campinas, SP, UNICAMP/NIED, 2000.






22. CULTURA DE MASSAS NO SÉCULO XX; V. 1; NEUROSE!
Título original: L’espirit du Temps.

Morin, Edgar. Cultura de massas no século XX: neurose; tradução de Maura Ribeiro Sandinha. Rio de Janeiro, Forense Universitária, 1997.

23. A SOCIEDADE EM REDE
Título original: The rise of the network society

Castells, Manuel, 1942-. A sociedade em rede; (A era da informação: economia, sociedade e cultura, v.1); tradução de Roneide Venâncio Majer. São Paulo, Paz e Terra, 1999.




24. O PODER DA IDENTIDADE
Título original: The power of identify, 1996

Castells, Manuel, 1942. O poder da identidade; (A era da informação: economia, sociedade e cultura, v.2); tradução de Klaus Brandini Gerhardt. São Paulo, Paz e Terra, 1999.

25. ANTONIN ARTAUD

Lins, Daniel. Antonin Artaud: o artesão do corpo sem órgãos. Rio de Janeiro: relume Dumará, 1999. (Conexões: 2).


26. O PRÍNCIPE
Título original: Il Príncipe, 1513.

Machiavelli, Nicoló, 1469-1527. O Príncipe; tradução Maria Júlia Goldwasser. São Paulo: Martins fontes, 1993. (Coleção Clássicos).


27. O QUE É SEMIÓTICA

Santaella, Lúcia. O que é semiótica. São Paulo: Brasiliense, 1983. (Coleção Primeiros Passos: 103).

28. O QUE É CIBERNÉTICA

Bennaton, Jocelyn. O que é cibernética. São Paulo: Brasiliense, 1984. (Coleção Primeiros Passos: 129).





29. O QUE É REALIDADE

Júnior, João-Francisco Duarte. O que é realidade. São Paulo: Brasiliense, 1984. (Coleção Primeiros Passos: 115).

30. PEDAGOGIA DA AUTONOMIA

Freire, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1986. (Coleção Leitura: 103).


31. BRASIL: LABORATORIO RACIAL

Maia, Newton Freire-. Brasil: laboratório racial. Petrópoles, RJ: Ed. Vozes, 1973. (Coleção Cosmovisão: 4).


32. O QUE É FOTOGRAFIA

Kubrusly, Cláudio A. O que é fotografia. São Paulo: Brasiliense, 1983. (Coleção Primeiros Passos: 82).

33. ALBERTO SANTOS DUMONT

Senna, Orlando. Alberto Santos Dumont. São Paulo: Brasiliense, 1984. (Coleção Encanto Radical: 52).

34. A INTERPRETAÇÃO DAS CULTURAS

Geertz, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1989.

35. CONFISSÕES

Ribeiro, Darcy, 1922-1997. Confissões.São Paulo: Companhia das Letras, 1997.

36. AS IDÉIAS DE MCLUHAN
Título original: Mcluhan, 1971.

Miller, Jonathan. As idéias de McLuhan; tradução de Octanny Silveira da Mota e Leônidas Hegenberg. São Paulo: Cultrix, Ed. da USP, 1973.






37. CIÊNCIA COM CONSCIÊNCIA
Título original: Science avec Conscience, 1982.

Morin, Edgar. Ciência com Consciência; tradução de Maria D. Alexandre e Maria Alice Sampaio Dória. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.

38. PESQUISA EM CIÊNCIAS SOCIAIS

Gondim. Linda Maria de Pontes (org.). Pesquisa em Ciências Sociais: o projeto da dissertação de mestrado. Fortaleza, CE: Edições UFC, 1999.



39. ANTROPOLOGIA VISUAL: A FOTOGRAFIA COMO MÉTODO DE PESQUISA

Título original: Visual Anthropology, photograph as a research method, 1967.

Collier, Jonh. Antropologia Visual: a fotografia com método de pesquisa; tradução de Iara Ferraz e Solange Martins Couceiro. São Paulo, EPU, Ed. da USP, 1973.

40. HOMO SOCIOLOGICUS
Do original alemão: Homo Sociologicus: versuch zur geschichte, bedeutung und kritik der katergorie der zozialen rolle, 1967.

Dahrendorf, Ralf. Homosociologicus: ensaio sobre a história, o significado e a crítica da categoria de papel social; tradução de Manfredo Berger. Rio de Janeiro: edições Tempo Brasileiro, 1969.

41. O PONTO DE MUTAÇÃO
Título original: The turning point, 1982.

Capra, Fritjof. O Ponto de Mutação; tradução Álvaro Cabral. São Paulo, Cultrix, 1993.

42. MACHO E FÊMEA
Título original inglês: Male e Female,1946

Mead, Margaret. Macho e fêmea: Um estudo dos sexos num mundo em transformação; tradução de Margarida Maria Moura. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 1971.








43. O QUE É O VIRTUAL?

Título original francês: Qu’est-ce que lê virtuel?, 1995.

Lévy, Pierre. O que é o virtual?; tradução Paulo Neves. São Paulo: Ed. 34, 1996.


44. OS ESTÁGIOS DA EVOLUÇÃO HUMANA
Título original: The stages of human evolucion: human and culture origina, 1967.


Brace, C. Loring. Os estágios da evolução humana. Rio de Janeiro: Zahar editores, 1979

45. O QUE É INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Teixeira, Joçao de Fernandes. O que pe inteligência artificial. São Paulo: Brasiliense, 1990. (Coleção Primeiros Passos, 230).

46. HOMO LUDENS
Título original alemão: Homo Ludens: vom unprung der kultur im spiel

Huizinga, Johan. Homo Ludens: o jogo como elemento da cultura; tradução João Paulo Monteiro; revisão Mary Amazonas Leite de Barro. São Paulo: Ed. Perspectiva, 1997.

47. BRUXARIA, ORÁCULOS E MAGIA ENTRE OS AZANDE.

Título original: Witchcraft. Oracles and magic among the Azande, 1951.

Printchard, E.E. Evans-. Brauxaria, oráculos magia entre os Azande; tradução Eduardo Batalha Viveiros de Castro. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1978.

48. O MÉTODO CIENTÍFICO

Galliano, A. Guilherme (org.). O método científico: teoria e prática. São Paulo: Ed. Harbra, 1986.

49. FUNDAMENTOS DA METODOLOGIA CIENTÍFICA

Lakatos, Eva Maria. Fundamentos da metodologia científica. São Paulo: Atlas, 1991.



50. HISTORIA ABREVIADA DE FORTALEZA

51. O QUE E CINEMA


52. O ADMIRAVEL MUNDO NOVO
53. RETORNO AO ADMIRAVEL MUNDO NOVO

54. FIM DE MILÊNIO
Título original:

Castells, Manuel, 1942. Fim de milênio; (A era da informação: economia, sociedade e cultura, v.3); tradução de Klaus Brandini Gerhardt. São Paulo, Paz e Terra, 1999.











segunda-feira, fevereiro 18, 2002

O poder da identidade


A era da informação: economia, sociedade e cultura.

Volume 2

Manuel Castells

“... A identidade legitimadora dá origem a uma sociedade civil...” pág. 24.

“... exceto para a elite que ocupa o espaço atemporal de fluxos de redes globais e seus locais subsidiários, o planejamento reflexivo da vida torna-se impossível...” pág. 27.

“... Islã em árabe significa submissão, e em muçulmano é alguém que se submeteu à vontade de Alá...” pág. 30.

“... Como aponta Barssam Tibi, ‘o princípio da subjetividade de Harbermans é uma heresia para os fundamentalistas islâmicos’...” pág. 32.

“... São todas as ideologias fracassadas provenientes da ordem pós-colonial. (...) A revolução branca do xá, iniciada em 1963, foi uma das mais ambiciosas tentativas de modernizar a economia e a sociedade do país (...) foram minadas as estruturas básicas da sociedade tradicional, desde a agricultura até o calendário...” pág 33.

“... As raízes sociais do fundamentalismo radical parecem resultar da combinação entre a modernização bem-sucedida, conduzida pelo Estado nos anos 50 e 60, e fracasso da modernização econômica na maioria dos países mulçumanos durante os anos 70 e 80, uma vez que suas economias não conseguiram se adaptar às novas condições impostas pela concorrência global e a revolução tecnológica no período...” pág. 35.

“..A construção da identidade fundamentalista (Fundamentalismo cristão norte-americano) parece ser uma tentativa de reafirmação do controle sobre a vida e sobre o país, uma relação direta ao processo desenfreado de globalização que se faz cada vez mais presente na economia e na mídia.
Entretanto, provavelmente a causa mais importante do fundamentalismo cristão dos anos 80 e 90, é a reação contra o desafio ao patriarcalismo, fruto das revoltas da década de 60, e expresso pelos movimentos feminista, das lésbicas e dos gays...” pág. 43.

“... Via de regra, uma cultura não é o que as pessoas compartilham, mas sim algo pelo qual resolvem lutar...” (citando Eley e Suny) pág. 45.

“... um dos mais poderosos Estados da história da humanidade não conseguiu, mesmo depois de 74 anos, criar uma identidade nacional. (...) a experiência soviética desmente a teoria segundo a qual o Estado é capaz de construir identidade nacional por si próprio...” pág. 56

“... a infra-estrutura compartilhada, desde a rede elétrica ate os serviços de água e esgoto, tornam a desarticulação dos territórios da extinta U.R.S.S. muito dispendiosa, fazendo da cooperação um instrumento decisivo para o desenvolvimento...” pág. 59

“... É bem provável que nações desprovidas de Estados organizem-se em torno de comunidades lingüística...” pág. 66.

“... definirei nações (...) como comunidades culturais construídas nas mentes e memória coletiva das pessoas por maio de uma história e de projetos políticos compartilhados...” pág. 69.

“... a língua, principalmente uma língua plenamente bem desenvolvida, constitui um atributo fundamental de auto-reconhecimento, bem como de estabelecimento de uma fronteira nacional invisível em moldes menos arbitrários que os da territorialidade, e menos exclusivos que os da etnia...” pág. 70.

“... Sua identidade foi constituída a partir de um povo seqüestrado e escravizado, sob o controle da sociedade mais livre da época...” pág. 75 (sobre os negros nos Estados Unidos)

“... as pessoas resistem ao processo de individualização e atomização, tendendo a agrupar-se em organizações comunitárias que, ao longo do tempo, geram um sentimento de pertença e, em última análise, em muitos casos, uma identidade cultural, comunal...” pág. 79.

“... os indivíduos necessitam do apoio de grupos que carreguem consigo uma tradição moral capaz de reforçar suas próprias aspirações...” pág. 84 (citando Robert Bellah).

“... A constituição dessas comunas culturais (etnias) não é arbitrária, mas depende da forma de trabalhar a matéria-prima fornecida pela história, geografia, língua e ambiente. (...) Quando o mundo se torna grande demais para ser controlado, os atores sociais passam a ter como objetivo fazê-lo retornar ao tamanho compatível com que podem conceber. Quando as redes dissolvem o tempo e o espaço, as pessoas se agarram a espaços físicos, recorrendo à sua memória histórica...” pág. 85.

“... Devido ao fato de que os novos processos de dominação aos quais as pessoas reagem estão embutidos nos fluxos de informação, a construção da autonomia tem de se fundamentar nos fluxos reversos da informação. Deus, a nação, a família e a comunidade forneceram códigos eternos, inquebrantáveis, em torno dos quais uma contra-ofensiva será lançada contra a cultura da realidade virtual. A verdade eterna não pode ser virtualizada...” pág. 85.


“... Em vez de um ‘Grande Irmão’ opressor, tem-se uma série de ‘ irmãzinhas’ que procuram ser simpáticas , estabelecendo uma relação pessoal conosco por saberem quem somos e invadindo nossas vidas sob os mais variados aspectos...” pág. 305.


sexta-feira, fevereiro 15, 2002

Resumo

Neste estudo foram encontradas muitas dificuldades que estimularam a busca por informações mais detalhadas aos fatos relacionados à questão do tema.
Tratar deste assunto implicou numa pesquisa árdua. Todas as bibliotecas públicas de Fortaleza foram visitadas e, no entanto títulos que abordassem as relações do individuo com as novas tecnologias, quando existiam, de um modo geral, tendiam a superficialidade. Como o interesse desta pesquisa visa profundidade teórica nos campos da filosofia, sociologia e antropologia, a base teórica repousa em clássicas unanimidades das Ciências Sociais.
Uma outra parte da bibliografia apóia-se em autores, de um modo geral, desconhecidos ou não trabalhados em nosso meio acadêmico, o que nos fornece na pior das hipóteses, um fascinante material para pesquisas posteriores.
Dividi a bibliografia inicialmente em três setores científicos: antropologia, sociologia e tecnologia. Mas toda a biblioteca é composta por cientistas sociais e filosóficos, além de especialistas de outras áreas afins.
Foi utilizado como método de pesquisa a coleção de artigos, livros, jornais, revistas e pesquisas na Internet que reforçaram a hipótese defendida, no caso, a mesma preocupação exposta pelo antropólogo Darcy Ribeiro em seu livro “O Povo Brasileiro”, que é a necessidade urgente de nós, brasileiros, produzirmos nossa própria tecnologia, e sairmos desta interminável fase de mimese das outras culturas.
As três etnias que moldaram nossos hábitos, comportamentos, gestos e língua, ainda nos deixaram como legado essa imensa capacidade assimiladora. Esse pensamento incultido na sociedade de que “o de fora e sempre melhor”.
Por que não pensar que o novo é melhor? Não o novo dado, mas o novo construído, elaborado por nós, a partir de nós?
Este estudo trata de como as diversas tecnologias invadiram nosso cotidiano, mudando nossa cultura, nossa forma de ver o mundo, de criar nossos filhos, de falar, de ver, de ouvir, de vestir, enfim, transformando esse “povo novo” em brasileiros.


Simultaneidade

O senso comum não mostra grandes interesses pelo que é complexo, e no que se relaciona às tecnologias da inteligência, ele se contenta com o que está pronto, com respostas simplórias. Prefere o erro à dúvida. Isso é útil quando o conformismo é a única saída para uma sobrevivência suportável.
Nossa cultura revela-se bem acostumada com esta posição, principalmente quando nos lembramos das práticas de peculato, protecionismo e paternalismo, instituições nacionais. Essa característica de nossa cultura se manifesta também quando tratamos de tecnologias possíveis num futuro ainda imediato.
Contatei isso todas às vezes que tentava explicitar para alguém o conteúdo do meu trabalho de pesquisa. Quando citava as vantagens de uma futura internet onipresente, móvel, acessível através de pequenos equipamentos eletrônicos como o telefone celular, o relógio, a agenda eletrônica, o rádio de pilha que guarda Mp3(um formato digital de compactação de músicas), a máquina fotografia, a caneta marca-texto, etc, a reações eram basicamente as mesmas, as argumentações semelhantes: “Por que não estuda um fato social mais acessível, uma coisa mais palpável?”.
Tive que relevar todas essas argumentações e refuta-las como opiniões plausíveis, pois o que verifiquei foi exatamente esse aspecto social de conformista e imediatista de nossa sociedade. Estes fatos não me surpreenderam, pois vivemos na era do audiovisual, onde tudo acontece simultaneamente – “tudo junto ao mesmo tempo agora...” – como diz uma música da década de 1990 da banda Titãs.
Mas é exatamente na obviedade de seu discurso que o senso comum se perde, e fica para a ciência a função de transformar o que é ilusório numa realidade clara.
Duas noções do senso comuns que vou conceituar sob outras óticas são, a noção de “cristãos primitivos” e a noção de “era espacial”. Por “cristãos primitivos”, o senso comum nos remete a uma imagem construída a partir de pressuposições religiosas incutidas na nossa educação e através dos Livros Sagrados. Por “Era Espacial”, o senso comum nos lança uma idéia bastante estereotipada, mas este com a ajuda de uma formação educativa capenga e ajudada pela mídia e obras de ficção científica.


A diversidade tecnológica


Observando a complexidade dos aparatos tecnológicos que fazem parte do cotidiano, surpreendi-me com o que era hightech a 100 anos atrás.
Estava falando ao telefone com um amigo diretamente da França e ao desligar me apercebi como a voz estava clara, límpida e absolutamente sem ruído. Imediatamente me veio ao pensamento uma justificativa: É o meio digital. E conseqüentemente lembrei-me de quando, na década de 1980, ligava para minha mãe, eu em Fortaleza e minha em São Paulo (quase 3000 km de distância), e uma voz baixa, cheia de ruídos, ecos e chiados atrapalhavam nossa comunicação, isso, quando conseguíamos uma linha devida a pouca estabilidade do meio analógico. Brasil - França 20.000km
Mas que diferença faz a comunicação feita pelo meio analógico da comunicação feita pelo o meio digital?
Essas perguntas foram respondidas a pelo menos 40 anos.
Nada desse meio tecnológico foi inventado por brasileiros, e é essa uma das preocupações que motivou este estudo. Quando pensamos em tecnologia brasileira, só conseguimos lembrar da ‘rede’, da ‘jangada’, etc, mas é possível que algum entusiasta cite o Pai da Aviação, o brasileiro Alberto Santos Dumont. Lembramos, porém que ele não estudava no Brasil, e seus conhecimentos eram tidos como franceses e não brasileiros, por isso ele foi obrigado a ceder os royalties da sua invenção ao Governo francês.
Para falar sobre tecnologia no Brasil, tracemos um rápido panorama de como andavam os diversos meios tecnológicos disponíveis no final do século XIX.
O telégrafo estava difundido pelo mundo acompanhando o crescimento da revolução industrial no capitalismo e era a grande febre tecnológica. No seu encalço vaio telefone.
A fotografia havia já evoluído para o cinema em 1900, sendo fortaleza uma das primeiras cidades no Brasil a testemunhar tamanha magia tecnológica. O automóvel estava alcançando seus 50 Km/h.
As linhas de ferro proliferavam-se pelo mundo. Enquanto isso nos Estados Unidos, um estatístico inventara uma máquina computadora que calculava milhares de vezes mais rápido que o homem. Mas em 1900, só era possível voar de balão, equipamento não dirigível, ou seja, você subia, mas não descia onde queria, Héolo, o deus dos Ventos, era quem conduzia seus caminhos nos ares.
Em Paris, naquela época vivia a ‘Belle Époque’, a Cidade da Luz, como era conhecida, capital da ciência e da tecnologia no mundo, encontravam-se as maiores inovações nas mais diversas áreas da ciência. E foi lá que, em 1906, Santos Dumont, com sua equipe de engenheiros, conseguiu fazer voar um objeto mais pesado que o ar, ganhando o prêmio Nobel de ciências, o 14 bis, ou o SD-14, que possuía um balão ao invés de motor para alçar vôo.
Mas Santos Dumont apesar de ser brasileiro, não trouxe par o Brasil seus conhecimentos para fundar uma Escola de Aeronáutica para dar continuidade aos seus avanços científicos, não pôde. Tudo que Santos Dumont desenvolveu foi apropriado pelo governo francês, feito o que bem lhes aprouvesse, inclusive na primeira guerra mundial, coisa que muita tristeza trouxe ao cientista, abandou a aviação quando soube que rumos tomariam sua descoberta.
A te aí, o meio era analógico, tudo era mecanizado, sistemático, engrenagens polias e rolamentos.
Nessa época alguns intelectuais começaram a publicar estudos sobre o controle das maquinas e das massas. Surge então ema nova área do conhecimento, que nem é Sociologia, nem é Engenharia, mas uma mistura complexa das duas ciências. A Cibernética, a ciência do controle dos sistemas vivos e das máquinas. Servindo-se também da Teoria da Informação.
O ciberneticista ainda engatinhando descobriu que tudo podia ser passível de controle. Como os iluministas, da renascença, ou os cérebros da revolução industrial, que acreditavam que se encontrassem as fórmulas, o método, era só repetir então.
Por essa época também surge as questões referentes a teoria da relatividade ( 1920) com a possibilidade ou não de viagem no tempo, coisa que no decorrer deste estudo , veremos se é possível, provável ou inadmissível.
Lembremos também que apesar de já ser usada em espetáculos de magia (por ?) inclusive no cinema ainda mundo, a eletricidade, ainda estava na fase d estudos e pesquisas, ou seja, na de luz elétrica ou geladeiras.
Os efeitos da radiação ainda eram misteriosos e inexplicáveis, e ultra-secretos, guardados por militares, como segredo de Estado e questão de segurança nacional. Não nossos militares, coitados!
A Amazônia se destacava na virada do século XIX/XX com a exportação e contrabando da borracha. A borracha trouxe ao Amazonas o que existia de mais moderno, fazendo de Manaus a primeira cidade brasileira a receber luz elétrica, criando uma efervescência cultural única, criando teatros, cinematógrafos, fotógrafos, etc.


quarta-feira, fevereiro 13, 2002

Cultura neobrasileira


Compartilho a noção de ‘técnica’ utilizada nesse estudo com a idéia de Pierre Lévi, que é compartilhada pela visão antropológica do conceito de técnica, que, por sua vez, se assemelha ao conceito de tecnologia: etimologicamente falando, o estudo do método.
O dicionário Aurélio define ‘técnica’ como o conjunto de conhecimentos, especialmente princípios científicos, que se aplicam a um determinado ramo de atividade. A enciclopédia Delta Larousse define ‘técnica’ como “estudo dos instrumentos, processos e métodos empregados nos diversos ramos industriais”.
Portanto, tanto neste trabalho a técnica como processo de fazimento de instrumentos com fins a facilitar o cotidiano seja na produção de bens duráveis ou não, industriais, comerciais, etc.
A forma ampla com é definida nosso conceito de técnica nos dá margem para tentar explicitar algumas causas do Brasil não se destacar como exportador de tecnologia, e ao mesmo tempo mostrar como o brasileiro se tornou, de fato, um assimilador de tecnologia estrangeira. Uma característica deste fato é a própria nomenclatura que nos designa semanticamente como ‘brasileiro’ ao invés de ‘brasiliano’, por exemplo.
Essa característica assimiladora do brasileiro já está incutida em todo discurso cultural brasileiro. Nossa cultura, derivada dos chamados neo-brasileiro, segundo Darcy Ribeiro, traziam da Europa quinquilharias das mais variadas, na tentativa de minimizar as dificuldades e o atraso em que viviam as colônias portuguesas.
Hoje, quando se fala em objetos importados, os olhos brilham e os ouvidos se abrem com toda audiência. Nada mais natural posto que essas modernidades sempre surpreenderam os mais céticos. Afinal, quem acreditaria que se poderia ver o mundo simultaneamente através de uma caixa? O que dizer de uma convergência do analógico para o meio digital que trariam essas mesmas imagens e sons não mais numa caixa, mas numa folha maleável e dobrável?
É, o século XXI chegou.
Entramos no novo milênio e com ele uma cachoeira de novidades enche os olhos dos consumidores do mundo, especialmente os “geeks”.
Sonho de consumo de qualquer mortal. Agora pergunto-me: tem brasileiros responsáveis por essas inovações? Não. Os brasileiros são responsáveis pela importação e distribuição, no máximo. Talvez algum privilegiado trabalhe numa dessas multnacionais mas não fazem parte do cérebro, e por quê? Por que não têm capacidade? Essa resposta é improvável e infundada. A elite nacional brasileira e seus descendentes são extremamente inteligentes e altamente criativas mas são também obedientes ao mercado internacional. Não se importam em desenvolver tecnologias nacionais. Preferem a cômoda subordinação.
Um exemplo claro disso é uma plataforma de tecnologia da inteligência chamada Linux.
Linux é um sistema operacional criado por finlandês e desenvolvido via Internet por pessoas de todo o mundo, através de fóruns virtuais e outros métodos, estudantes e profissionais da informática criam inovações sobre um sistema operacional livre e gratuito.
No Brasil o Linux esta em expanção paralelamente ao Windows e ao Machintoch.
Quem comprou computador sabe que vira com ele um software de aplicação imediata chamado windows e é claro, de uma forma geral, estão contentes com ele. É um editor de texto, de imagens, um navegador , etc. está ótimo .


A Era Espacial e os primitivos


Vou esboçar alguns princípios de classificação do mundo social.
Começarei com o conceito de Era Espacial.
Devemos ter em mente inicialmente as profundas mudanças na concepção geral do mundo, suscitadas pelas inovações técnicas. Principalmente as chamadas tecnologias cognitivas ou da inteligência, como a oralidade, a escrita, a imprensa, a maquina de escrever, mais recentemente a Internet, da qual faz parte a WWW, que é uma pequena fração da grande Internet, mas a mais popular.
Em 1962, a humanidade foi presenteada por uma evolução tecno-científica em matéria de comunicação.
A televisão já havia sido inventada e difundida nos paises mais desenvolvidos, mas pela primeira vez, dados, notícias, fotografias, imagens televisivas e boletins de informação e radiodifusões, puderam ser transmitidos e assistidos em tempo real, para diferentes continentes. Nascia a Era Espacial como lançamento dos satélites de comunicação.
Esta descoberta surpreendente, já esperada por alguns talentos das ciências mundial a algumas décadas, levou as nações Unidas a imprimirem estudos profundos relacionados aos efeitos sociais destas novas possibilidades de comunicação. Um dos produtos desta empreitada, foi um livro publicado como titulo “Comunicação na Era Espacial( UNESCO). Visando estudar as conseqüências psico-sociais das funções culturais da tecnologia. Diversos especialistas expuseram suas opiniões e estudos sistemáticos neste livro publicado mundialmente em 1969. Ano em que o homem pisou na lua, mas lembremos que o espaço navegável já atingiram dimensões cósmicas dez anos antes, quando a U.R.S.S. lançou seu Sputnick.
Então, quando nos referimos à “Era espacial”, estamos falando do período histórico que se inicia no final da década de 1950. Ao contrário do que as pré-noções do senso comum poderiam sugerir, não é a época em que todos morariam nos ares e passeariam com seus carros voadores, usando escafandros pressurizados, mas a época em que todas as pessoas poderiam se comunicar e serem informados por qualquer pessoa em qualquer lugar em tempo real.
Acho que está desfeita uma pré-noção. Uma outra pré-noção que tentarei desfazer é a de “cristão primitivo”.
Quando evocamos estas palavras: “cristãos primitivos”, nosso universo simbólico nos remete aos tempos imemoriais bíblicos, não o tempo litúrgico, mas o tempo onde as pessoas se vestiam com aquelas roupas semelhantes as atuais “burcas” do Oriente Médio, com aqueles mantos, lençóis, etc... Mas esse não vai ser o conteúdo dos meus “cristãos primitivos”.
Ao denominar os grupos de fé cristã como “primitivos”, me refiro tão somente às suas noções morais ou padrões de comportamento e tabus que os conduzem exatamente à própria prática religiosa, dogmatizada nas tradições bíblicas e nos conhecimentos teológicos.
Sou católico de batismo e gosto da concepção de Deus do catolicismo, o que discordo é da falta de intenção por parte das autoridades religiosas de um modo geral, em estimular um progresso geral da sociedade através de uma educação esclarecedora, mais sincera, em prol da liberdade do corpo e do espírito, que poderia vir através da fé.
Citei essas duas pré-noções do mundo social para juntá-las agora numa expressão: “Cristãos Primitivos na era Espacial”. Proponho-me a expor como, e onde se dá essa relação.
Estando eu no Ceará, em sua Capital, no início de um novo milênio, verifiquei a quantidade e a variedade do aparato tecnológico que está ao alcance de nossas mãos. Mas o que me chama a atenção é o fato de que toda esta tecnologia está fadada a ser simplesmente operacionalizada por nós.
Dependendo do poder econômico e político local, podemos a qualquer tempo operar essas maquininhas sofisticadas sem, no entanto, poder explicar como se dá esse processo. E esta é uma característica desta nossa era Espacial, esse Pós-modernismo informacional, que com sua velocidade nos trazem os aparatos sem suas instruções.
O ponto onde queria chegar: Nós – brasileiros - não sabemos desenvolver equipamentos complexos – diga-se eletro-eletrônicos - sem a ajuda de inteligência estrangeira.
Não convém aqui ressuscitar os velhos preceitos malthusianos de raça, mas lembrando uma velha pixação que observei na praia do Iguape a 40 km de Fortaleza: “As moscas mudam, mas as merdas são sempre as mesmas”, ou seja, as elites antes escravocratas, continuam a manipular as massas de espíritos ao sabor das oscilações econômicas longíncuas.
As tecnologias de comunicação de massa surgidas inicialmente com a imprensa, seguida do cinema, depois do rádio e por último da televisão, não nos ajudam efetivamente a tornar-nos auto-suficientes, mas pelo contrário, reforçam nossa situação de subordinados, culturalmente falando. Não que nossa cultura seja pior que outras, mas apenas que nossa cultura não produz, a partir de seus próprios meios, equipamentos tecnológicos de complexidade, como as tecnologias que dispomos apenas para uso. Não nos foi dado o direito de bricolar essas técnicas avançadas, inclusive isso é terminantemente proibido por leis internacionais de patentes, que naturalmente não fomos nos que formulamos. Estamos definitivamente aprisionados numa casta inferior da humanidade, onde nossa lógica deve ser aquela máxima fascista: “Manda quem pode, obedece quem tem juízo”.
Pois bem, resta-nos apenas concordar com tais leis e processos, e “dançar conforme a música”, para aproveitar ao máximo qualquer benefício que essa aparelhagem tecnológica pode nos oferecer, por que de outro modo, continuaremos com nossas “carroças” e as velhas fofocas nas calçadas e praça da Igreja como base de nosso conhecimento tácito.


Espaço de fluxos



No que por espaço uma pequena mudança deve ocorrer. De forma que espaço de fluxos não há espaço par alugares, não existem cantos, mas nós e fluidos. Os velhos conceitos de horizontalidade e verticalidade perdem aqui seus parâmetros para dquirir conceitos de densidade, profundidade, freqüência e direcionalidade.
A velha máxima ”Potencia sem controle não é nada”, utilizada em mídia por propaganda de pneus, é bem mais atual do que se pensa, chega a ser futurista em certo sentido.
A teoria do controle em cibernética nos dá sem maiores complicações os objetivos práticos dos movimentos e a necessidade praticca da informação.
O espaço de fluxos trata exatamente de um lugar não espacial, localizado na interação da intensidade de informações e controle dos mecanismos, sejam biológicos ou mecânicos.
A complexidade caótica contemporânea são ainda direcionados cuidadosamente numa híper-complexificação heterogênea tornando o conceito estético pós-moderno a maior aproximação conceitual possível de representações da rede de espaços de fluxos. É no vazio de forma inexistentes que reside o espaço de fluxos, que existe objetivamente.
Estamos tão preparados para enfrentar a inundação de conceitos vindos através do radio e da televisão, quanto um nativ de uma tribo ágrafa esta para a escrita.
“...Nós nos transformamos naquilo que contemplamos...”


O urbano e o rural


As evidentes preocupações sociais que identifico no Brasil atual: a violência no meio urbano e a questão agrária no meio rural, sendo esta estruturada politicamente.
A questão da violência urbana tem sido levantada pela mídia, de um modo geral, é um reflexo de nossa organização societária injusta. A dificuldade deste problema social é exatamente a falta de recursos para minimizar esta situação de descontrole. Todas as decisões políticas voltadas para este campo tendem a ser paliativos, que em nada garantem um amanhã mais tranqüilo.
O nosso sistema judiciário está carregado de vícios e parasitas que fazem um jogo de empurra-empurra promovendo a impunidade e a hipocrisia. Gabam-se de nossas leis dizendo que são as mais humanas do mundo, as mais dignas, no entanto, utilizam-nas para proteger réus culpados e favorecer delinqüentes. Essa lei de proteção ao menor em nada melhorou a vida das crianças, pelo contrario, as encoraja ao crime hediondo.
Direitos humanos são para humanos. A ajuda que menores delinqüentes precisam não é esse paternalismo vulgar oferecido pelo governo, como aquele velho tíquete do leite,. A verdade é que esses jovens menores destemidos do meio urbano são os terroristas das metrópoles, são eles que assaltam velhinhos, que batem em mulheres grávidas e espancam crianças, são eles que nos abordam anãs ruas atrás de dinheiro com uma arma na mão. A solução pro nosso povo não é esse vicio paternalista ignorante. Um velho provérbio já dizia: ”Não de o peixe, ensine-o a pescar”. Parece-me que o cartel mundial dos pescadores (como o do petróleo, do automóvel, da comunicação da informática) não quer abrir para a concorrência. Então ficam aí os nossos exércitos de mão de obra barata e desqualificada servindo ao grandes como nos últimos séculos, entrando nesse moinho de gastar gente, como dizia Darcy Ribeiro.
A questão dos sem-terra ainda que mais estruturada politicamente tem uma larga relação com a da violência urbana, pergunte-lhes de quem são filhos e lhes responderão que são filhos, ou netos ou bisnetos de camponeses. Não importa, o fato é que os camponeses, cada vez em maior número, povoam centros urbanos em busca de comida e água.
No interior, nomeio de milhões de hectares terras férteis e improdutivas servem como capital especulativo desde as sesmarias. Que vontade política é essa? Manter os índices de violência aumentando para depois assumir de novo uma postura de ditadores, de repressão ostensiva?
Paulo Freire já desenvolveu um método eficaz de alfabetização que é marginalizado pelo poder publico, mas é usada com inteligência nos acampamentos dos sem-terra, verdadeiras favelas ambulantes, perambulantes. Vagam pelo interior do Brasil milhares, talvez milhões de desvalidos, esquálidos a procura de um chão de terra, sem cerca com uma fonte de água perto. Será que já cercaram o mundo todo? Perguntam-se será que se a gente andar muito vamos chegar naquele ponto onde o céu encontra a terra? A pureza da inocência é castigada de calos e feridas nos pés. Andam calcados quando podem, mas nao tiram das mãos as poucas ferramentas que conseguem. A situação dos Sem-terra, é preocupante e cumulativa, a dos pseudo-terroristas urbanos também.
Ate quando a sociedade vai respirar essas fumaças sem grandes males? Não se sabe. E para essas pessoas males maiores não há.


Suporte digital



Estamos atualmente vivendo num período histórico de extrema importância para o futuro da humanidade. Diz-se isso por um motivo bastante sutil: a convergência digital.
O suporte digital é a tradução de informação em números binários. Toda forma de informação (seja ela textual, visual ou sonora), é codificada e armazenada em números, cuja decodificação é mediada por um roteador, um software ou outra ferramenta tecnológica.
Tem-se ultimamente ouvido falar em bits, bytes, píxels, etc. Todas estas nomenclaturas vieram com o processo de convergência digital.
Temos em industrias, empresas, escolas, repartições, instituições, setores de serviço, enfim todo campo macro social, está passando por uma mudança estrutural de adaptação que moldam estes “sujeitos” aos novos padrões de comunicação, que favorecem uma experiência quase surreal de interconexão, intercomunicação e ao mesmo tempo acumulação de dados em espaços cada vez menores.
Essas mutações nas relações sociais de trabalho, de produção, de comercio, de pesquisa, vem diretamente ao encontro da consciência, potencializando-a (fala-se aqui da consciência individual), juntamente conectada a ela a consciência coletiva.
É impressionante ver o fascínio com que as pessoas assistem a televisa, seja um programa de tv aberta, ou a cabo ou um vídeo. É curioso como as pessoas cansadas de encontrar respostas pararam de se perguntar como tudo isso é possível. Como uma fita de vídeo em que a olho nu nada se vê, um aparelho transforma em imagens e sons. As pessoas também não se perguntam mais como é possível o controle remoto.
Ninguém se importa em ver um filme em VH, BETACAM, DVD ou outro formato, o que interessa é o conteúdo. Imagina-se que essas tecnologias não poderiam ser de outra forma, mas essa é uma opinião derivada da falta de informação.
Entramos agora numa discussão que permeia os campos da industria e do comercio mundial.
Não é por acaso que nosso vídeo cassete é VHS, também não é por acaso que nosso computador é compatível com um IBM. Esses padrões industriais são impostos por investimentos para produção e distribuição, que visam antes de tudo o lucro.
Por exemplo, no final dos anos 70, o PC (Persoal Computer) era uma tecnologia possível porem não viável comercialmente, assim como vídeo-cassete.
Entrando no campo da originalidade, é interessante verificar que as idéias originais de um modo geral ocorreram simultaneamente em locais muitos distantes, e nos quais um não tinha conhecimento do outro ate o momento de uma apresentação publica. Assim foi com o invento do avião (co os irmãos Whrite nos EUA e santos na França), como o vídeo cassete (no Japão e nos EUA), com a criptografia (na Inglaterra e na Alemanha). Não é conhecida uma explicação cientifica para esse fenômeno, deixando apenas a resposta mais obvia, que essas ocorrências seriam frutos de um passado bibliografico de pesquisa semelhante, ou simplesmente, como obra do acaso, do destina, de uma sina , ou qualquer coisa.


Fênix ressurge das cinzas



Um mito grego conta que a cada 576 anos uma ave chamada Fênix, representante de toda força vital do Universo, torna-se tão poderosa que seu corpo não conseguindo mais conter seu poder se autodestrói em chamas até as cinzas. Então das cinzas ressurge uma nova Fênix, muito mais fabulosa e completamente nova. Historicamente observa-se que mais ou menos neste mesmo intervalo de tempo a humanidade se depara com alguma descoberta ou acontecimento que faz rever todos os conceitos, comportamentos, crenças, enfim, analise profunda nas sociedades, deixando como resultado um aprimoramento que vai separar a historia em dois momentos: Como era antes e como vai ser a partir de agora.
Analisando os dados históricos dos últimos dois mil anos, observamos esse fenômeno. Por volta do ano zero verificamos declínio da cultura da cultura grega e a ascensão do cristianismo, cerca de 500 anos depois o estabelecimento do Império romano e a influencia do catolicismo. No ano mil vemos o queda do Império muçulmano (otomano) e em 1500 a descoberta do Novo Mundo, as Américas. O ano 2000 vem com a descoberta do espaço sideral como uma ambiente habitável ( No ano 2001 um atentado terrorista destrói o maior símbolo do poder do econômico). O que nos trata o ano 2500?
Ultrapassamos a velocidade do som, comunicamo-nos quase que telepaticamente a qualquer distancia, guardamos e ampliamos em qualquer som e/ou imagem.
Estamos acostumados a operar maquinas todos os dias, do amanhece ao dormir, sem percebermos transformaram-nos em cibórgues, em maquinas humanas, ou numa humanidade maquínica. A interface máquina é na vida do homem contemporâneo indispensável. Agora mesmo, não estaria escrevendo não fosse o meio elétrico gerado graças a interfaces exteriores ao meu lar, possível devido a inventividade humana.


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